Blog da Carolina Teixeira: 2008-12-07
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Nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques. Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem, até o fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outras tanto viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém se quer percebe. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessamos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentir ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá. O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separa-me dos amigos que fiz, do amor da minha vida, será pra mim dolorido. Mas me agarro com esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. E que o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”. Agradeço muitos por “vocês”, meus amigos fazerem parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.

Permita-se!
Esqueça esse medo bobo da solidão que consome o teu corpo. Corpo
esse que me mata de desejo, me sacia e me enlouquece.

Arrisque-se!
Entre no meu infinito particular, e fique por lá quentinho, para
todo o sempre. Não tenha medo não irei te machucar.

Entregue-se!
Seja todo meu. Me dê o seu eu por inteiro. Seja somente meu, de corpo
alma e principalmente de coração.

Apaixone-se!
Apaixone-se todos os dias mais e mais, e que seja sempre por mim. Por mim
e por mim de novo, e por mim mais uma vez. Apaixone-se por minhas
manias, meus costumes, meus falatórios, meus sorrisos. E me permita
me apaixonar por você cada vez mais ao dia

Enlouqueça-se!
Toda vez que me ver nua, toda vez em que eu toque o seu corpo,
toda vez que a luz da lua e o brilho das estrelas forem só nosso.

Me ame, me beije loucamente como se esse dia fosse o último.
Seja meu assim como eu quero ser sua !

Para sempre.

-
• modificado por Carol :)

O espaço ficou distante demaise eu já não conto estrelas.Crescemos e nos tornamosdescuidados conosco.(Eu sempre muito mais atabalhoada que você).Os pés no chão não parecem âncoras,mas são.E as naus vagam feitobarquinhos de papel passeando numa sarjeta qualquer num dia, assim, mais pluvial.Eu tenho sede de outras coisasAquele arrepio do vento,de tesão em ir, é só um suspiro frio.As hibernações viraramconseqüências simplesdas coisas mundanas e tangíveis que nos tornam os egoísmos aceitáveis e nos fazem pedir desculpas pelas ausências prometendo presenças sem círculos vermelhos na agenda.(Pena que meu umbigo não me dê seus bons conselhos.Acho que eu me preocupo mais com ele que ele comigo no final das contas.)Um dia os bilhetinhos iam rarearEu sabia. Você também.E haveria outros destinatáriosPara tentar roubar, sem sucesso Este algo que é só meu e seu.Talvez seja por isso que hoje os carteiros não mais se anunciem: Eles apenas enfiam suas palavras por debaixo de minha porta,sem procurar saber quando eu estou em casa dormindo comigo.Sem o cuidado que merecem essas cartas silenciosas que chegam mesmo sem que você indique o endereço.Essas cartasque você me escreve com caneta permanenteem folhas de papel-espelho.
Ana Paula Mangeon

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