Blog da Carolina Teixeira: 2009-03-15
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conversas ;

- Eu tenho medo, mocinha. Porque você é imprevisível demais e inconstante demais. É que, numa hora, parece que você ainda sente algo por mim, por ora, parece o contrário, que te sou um empecilho, um estorvo, um atraso de vida. Parece que queres se livrar de mim, ressussitar a liberdade que um dia eu tomei de você. Juro, parece. É isso que queres?

- Perdoa se sou tão imprevisível assim e se transpareço ser de um jeito que não é verdade, Não te sinto como um atraso, um empecilho. Seria tão injusto da minha parte e sinto até vergonha por não conseguir trasnmitir o quanto tu és importante, o quanto eu fui feliz por ter você, o quanto sou feliz, por ainda te ter ao meu lado, mesmo que distante. Mas me diz, por que parece que não quero mais a sua companhia ?

- Não sei explicar, só parece. Eu sinto e quando isso acontece me dá um aperto no peito e cresce um medo descomunal aqui dentro. Não surpotaria te ver indo embora. Eu já suporto muita coisa, não que eu vá impedí-la de ser feliz. Jamais. Isso nunca. Nós deixamos de ser nós, e eu voltei a ser EU. Mas te ver partir pra nunca mais voltar, isso não. Isso não dá pra suportar.

- Shiu, larga de preocupação. Já te disse que isso é somente impressão. Eu sempre fui assim e você melhor do que ninguém sabe disso. Sempre fui despreocupada contigo. Não que eu não me preocupe, não me entenda mal, é no sentido de demostrar pouco ou de pouco me importar com o que estou demonstrando. Porque eu sei o que sinto, mas ganhei a péssima mania de não demonstrar. Esqueci que gestos são mais importantes que palavras e lamento muito que as minhas palavras não estejam bastando, que o meu EU aja diferente da minha fala. Mas acredite, talvez seja só impressão. Só impressão. Você sabe disso, eu te amo garoto.

Não deveria ser estranho te ver novamente e saber que não existe mais nada entre nós. Mas foi. Naquela tarde fria e chuvosa de uma segunda-feira, foi estranho. No começo, senti raiva de mim mesma e de você, achando tudo uma grande idiotice. Por que você estava lá? Por que você não entrou na porta ao lado? Por que teve que entrar logo na mesma que eu? Por que? Você deveria mesmo ter ido lá me procurar? E eu, deveria mesmo estar lá, tão perto de você? Por que isso tudo? Você não deveria estar lá, e nem eu. Não juntos. Depois parei e pensei. E vi que não havia problema algum, aquela não seria a primeira vez que estaríamos frente a frente. Aos poucos a raiva foi saindo de mim e meus olhos se permitiram. Eles se permitiram olhar para você. Por que você tem que ser tão bonito? Não, aquele amor de antes não mora mas em mim. Será? Estranho, não?! Por que ... o seu amor, permanece inabalável. Achei que dentro daquele ambiente em que estávamos continuaria firme a muralha que cresceu entre nós. Engano meu! Sempre que você chega, sempre que se aproxima, sempre que belisca a minha bochecha e diz: "Nossa, você tá cada vez mais radiante!" , pronto acaba com toda minha armadura. Você me faz desmoronar. Mas tudo bem, quer saber de uma coisa? Diferente do que eu pensava, meu coração se faz feliz em raros e inesquecíves momentos que tenho ao seu lado. Grandes momentos, é, são sim. Momentos em que nossos olhos se encontram mais uma vez. E nossas vozes também, sinto que o que surgiu de uma simples brincadeira, se tornou algo tão grande que quando caio por mim, lá estou eu pensando novamente em você. Obrigado por ser especial. Mesmo longe estarei por perto. Sentirei sua falta, mas viva todo o seu mundo, sinta toda a liberdade, e quando a sua hora chegar ... VOLTA ! Estarei aqui a sua espera.

não vejo a hora de te encontrar e continuar
aquela conversa que não terminamos ontem, ficou pra hoje ♪

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