- Eu tenho medo, mocinha. Porque você é imprevisível demais e inconstante demais. É que, numa hora, parece que você ainda sente algo por mim, por ora, parece o contrário, que te sou um empecilho, um estorvo, um atraso de vida. Parece que queres se livrar de mim, ressussitar a liberdade que um dia eu tomei de você. Juro, parece. É isso que queres?
- Perdoa se sou tão imprevisível assim e se transpareço ser de um jeito que não é verdade, Não te sinto como um atraso, um empecilho. Seria tão injusto da minha parte e sinto até vergonha por não conseguir trasnmitir o quanto tu és importante, o quanto eu fui feliz por ter você, o quanto sou feliz, por ainda te ter ao meu lado, mesmo que distante. Mas me diz, por que parece que não quero mais a sua companhia ?
- Não sei explicar, só parece. Eu sinto e quando isso acontece me dá um aperto no peito e cresce um medo descomunal aqui dentro. Não surpotaria te ver indo embora. Eu já suporto muita coisa, não que eu vá impedí-la de ser feliz. Jamais. Isso nunca. Nós deixamos de ser nós, e eu voltei a ser EU. Mas te ver partir pra nunca mais voltar, isso não. Isso não dá pra suportar.
- Shiu, larga de preocupação. Já te disse que isso é somente impressão. Eu sempre fui assim e você melhor do que ninguém sabe disso. Sempre fui despreocupada contigo. Não que eu não me preocupe, não me entenda mal, é no sentido de demostrar pouco ou de pouco me importar com o que estou demonstrando. Porque eu sei o que sinto, mas ganhei a péssima mania de não demonstrar. Esqueci que gestos são mais importantes que palavras e lamento muito que as minhas palavras não estejam bastando, que o meu EU aja diferente da minha fala. Mas acredite, talvez seja só impressão. Só impressão. Você sabe disso, eu te amo garoto.