Ela pegou o telefone, ligou pra ele e marcou um encontro.Torceu para ele não ter compromisso aquela tarde e que ele pudesse estar com ela mais que 20 minutos. Ela já esta lá na hora e no lugar marcado, e então finalmente ele aparece, e ela logo o reconhece. Ele abre a porta do carro com a maior cara de surpresa do mundo, ela sorriu:
- Eu sei que foi derrepente. É que eu naõ tinha nada pra fazer em casa, então pensei que a gente poderia se ver hoje, só pra matar a saudade sabe ?
Ele ri, totalmente surpreso, fecha a porta e dá um abraço tão forte que ela acha que vai morrer sufocada.Sem nem pensar duas vezes, ele diz que também estava com saudade e conversam ali mesmo. Botam o papo em dia, falam da vida alheia, ela nota que mesmo ele querendo disfarçar ele repara nela, repara no jeito do cabelo, no jeito de falar, de sentar, de rir, e até nos acessórios que ela usava. É engraçado imaginar que ele foi o primeiro cara que ela não pensava em beijar, e que, agora, ela nem se imagina longe dele. Ela já não se lembra exatamente do que sente e sinceramente, nem do que sentia naquele momento. A voz dele está diferente, ele está mais alto, mais magro, mais bonito. Ela fala sobre os seus amores, sobre os homens que apareceram em sua vida,ele comenta sobre as meninas que teve, e ele ri, com uma cara meio triste. Ela sabe que ele ainda quer, que ainda gosta dela, que não a esqueceu.Várias vezes, ela chega tão perto que poderia beijá-lo, mas a coragem não deixa. Porque não? Porque ela sabe. Ela não tem coragem, e ele muito menos. Ambos não querem magoar uma pessoa em especial, no caso um amigo e pelo outro lado um grande amor. Eles não vão cometer o mesmo erro duas vezes. Não, não dessa vez. E talvez nunca. Eles se despedem ,e quando chega a hora dos dois beijos no rosto, o beijo é tão intenso e com tanta vontade de que ocorra algo mais, que ela sabe que é o que os une, é muito mais do que uma grande amizade.
mas um dia, quem sabe um dia ...