
"Deita aqui e me conta tuas insanidades boas e tuas mentiras soltas. Me faz sentir imensa no teu peito acolhedor e não vai embora; porque idas e vindas só combinam nos dias da semana: quando você vai trabalhar e eu fico encarando os ponteiros do relógio. É tão bom te ter por perto e te desvendar louco, amor. Você me enrola um lençol como se eu fosse teu brinquedo e eu acho tudo bonito, porque é bonito. E o tempo passa devagar como se estivesse a favor de nós dois, enquanto você me desenrola e me puxa com força como se, por um momento, passasse pela tua cabeça que eu pudesse fugir. E eu te abalo com minha voz serena: “ei, eu não vou fugir”, e você sorri se dando conta de que eu sou toda tua, sem riscos, sem dor."
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