Blog da Carolina Teixeira: 2012-04-08
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Tenhamos ...


Que a gente tenha:
Astral bonito.
Prece nos lábios.
Saudade mansinha.
no futuro.
Delicadeza nos gestos.
Conversa que cura.
Cotidiano enfeitado.
Firmeza nos passos.
Sonhos que salvam.


|CaioF.

Regue !


Lembre-se do que sua bisavó dizia:
regue as plantas,
regue suas relações,
regue seu futuro,
porque sem cuidar, nada floresce.


|MarthaM.

Entre o errado e o certo.


O difícil é quando ele é o cara errado pra você, mas você é a mulher certa pra ele. Aí fode tudo. Errado com errado acaba em putaria, certo com certo acaba em casamento, mas errado com certo acaba em eu deitada na cama chorando em cima do travesseiro. Acaba comigo.

|TatiB.

Sem sintonia.


Porque pra começar, meu filho, você já tem que nascer de ferro. Como assim você esteve me procurando e não queria me ouvir falar desse jeito? Como assim essa conversa de mudança a essa hora da noite? Eu já vim carregada de espinhos, você sabe. Eu já vim com a pele fria além do beijo quente, com os olhos lacrimejando além do sorriso doce. E você sabe muito bem. Você me falava que eu não parava de ocupar seus pensamentos. Mas ocupar de que jeito, meu Deus? Será que eu te fazia alegre ou infeliz? Será que eu te emprestava alguma filosofia escrota ou tudo não passava da ilusão que, sem querer, te entreguei? Será que o amor era só amor, sem nenhum resultado, sem nenhum produto, sem nenhuma vantagem? Será que nosso amor era tão besta que não servia para nada? Mas aí a gente não passava de um casal empacado no tempo. A gente não passava de uma vida sem metamorfose. Tudo em nós foi incompleto. Você queria contar a todo mundo nossa futura história, com casa na praia, três filhos na sala de estar, uma cama bem grande no quarto, e eu só falava pra deixar o que é bom em segredo. Você anotava meus recados mais banais e eu esquecia o dia do nosso aniversário. Não que fôssemos contrários, só não conseguimos ser a mesma coisa, ter a mesma sintonia, fazer caber dois universos no mesmo céu. Fomos vítimas de um desejo que não prestava. Talvez. Talvez. Você também nunca gostou de engolir meus espaços em branco. A gente tinha tudo para criar algo bonito, mas nada se completou. E eu sou tão dura quanto simples, tão pesada quanto ardente. Já vim assim e não é defeito. Quero você bem, mas não meu. Tem dias que nem sou capaz de cuidar de mim.

|Zaluzejos

Alguém que te faz sorrir ♪


Alguém que te faz sorrir.
Alguém que vai te abraçar quando a escuridão cair.
Quando você precisar de alguém que não vai mentir,
que não quer te magoar.
Segundos antes de dormir, de mim você lembrar

|Fresno

Carne, osso e sentimento!


Existem coisas que sempre vão doer, apertar o sapato, incomodar, latejar no peito. Não tem jeito: por mais que a gente se livre de traumas e mágoas alguns sentimentos não legais sempre vão morar dentro do coração. Não por rancor ou coisa parecida, mas porque nem tudo dá pra ser esquecido e deletado da vida num passe de mágica. A gente sente, é de carne, osso e sentimento. Nada mais óbvio do que carregar na bagagem algumas tristezas. Não somos feitos só de coisas boas, temos lados obscuros e que não sabem perdoar.

|ClarissaCorrêa

Te valorizo ♪


Se eu pudesse mostrar o que você me deu,eu mandava embrulhar,chamaria de meu.Melhor forma não há, pra guardar um amor,então preste atenção ou me compre uma flor.Vem,me faz um carinho,me toque mansinho,,me conta um segredo, me enche de beijo.Depois vai descansar,outra forma não há,como eu te valorizo, eu te espero acordar.Se eu ousar te contar o que eu sonhei,pode até engasgar, pagaria pra ver.Melhor forma não há pra provar meu amor,eu te presto atenção,tento ser sua flor.Vem,te faço um carinho, eu te toco mansinho,te conto um segredo,te encho de beijo.Depois vou descansar,não vou te acompanhar,espero que entenda e volte pra cá

|Tiê

Entre falta e saudade!


Sentir falta é diferente de sentir saudade.
A saudade bate, agonia, estremece.
A falta congela,chora, entristece.
A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar.
A falta, é o querer ter de volta,mas saber que não vai ter.


|TatiBernardi

Minha cura!


Tem um cansaço que só quer um colo pra se desfazer.
É isso, minha cura é um abraço.
Dois braços, um coração,
e o que mais vier junto.


|VerônicaH.

Não há um dia...


Quando penso em você dou um sorriso.
E, preciso dizer,
queria muito que você estivesse aqui.
Não há um dia sequer
que eu não pense em você.

|ClarissaCorrêa

Vendo um coração!


Vendo um coração semi-novo.
Vem com marcapasso, serenatas bregas ao entardecer
e proteção anti-quedas.
Entrar em contato com..., pelo telefone...
Valores são discutidos.
E se for VOCÊ, é de GRAÇA!


|ClarissaCorrêa

Eu o adoro! ♥


Ele quer ser adorado. Ele tem mulheres mais bonitas e o que tenho de melhor ele nem tem muita capacidade mental pra valorizar. Mas ele sabe que tenho algo diferente e que é legal ser adorado por uma garota que tem algo de diferente. E eu o adoro !

|TatiB.

Azar do mundo !


Às vezes não parece, mas você é adorável, garota.
E se o mundo não tem dado a mínima pra você,
o azar é do mundo, e não seu.


|GabitoNunes

Além do ponto.

Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só levava uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia pelo meio da chuva, uma garrafa de conhaque na mão e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse um táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força então que seria melhor chegar molhado da chuva, porque aí beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade entrando pelo pano das roupas, pela sola fina esburacada dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria música, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d’água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu, encharcado naquela chuva toda que caía, caía, caía e tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum, ou parar para sempre ali mesmo naquela esquina cinzenta que eu tentava atravessar sem conseguir, os carros me jogando água e lama ao passar, mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, que me abriria a porta, o sax gemido ao fundo e quem sabe uma lareira, pinhões, vinho quente com cravo e canela, essas coisas do inverno, e mais ainda, eu precisava deter a vontade de voltar atrás ou ficar parado, pois tem um ponto, eu descobria, em que você perde o comando das próprias pernas, não é bem assim, descoberta tortuosa que o frio e a chuva não me deixavam mastigar direito, eu apenas começava a saber que tem um ponto, e eu dividido querendo ver o depois do ponto e também aquele agradável dele me esperando quente e pronto.

Um carro passou mais perto e me molhou inteiro, sairia um rio das minhas roupas se conseguisse torcê-las, então decidi na minha cabeça que depois de abrir a porta ele diria qualquer coisa tipo mas como você está molhado, sem nenhum espanto, porque ele me esperava, ele me chamava, eu só ia indo porque ele me chamava, eu me atrevia, eu ia além daquele ponto de estar parado, agora pelo caminho de árvores sem folhas e a rua interrompida que eu revia daquele jeito estranho de já ter estado lá sem nunca ter, hesitava mas ia indo, no meio da cidade como um invisível fio saindo da cabeça dele até a minha, quem me via assim molhado não via nosso segredo, via apenas um sujeito molhado sem capa nem guarda-chuva, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito. Era a mim que ele chamava, pelo meio da cidade, puxando o fio desde a minha cabeça até a dele, por dentro da chuva, era para mim que ele abriria sua porta, chegando muito perto agora, tão perto que uma quentura me subia para o rosto, como se tivesse bebido o conhaque todo, trocaria minha roupa molhada por outra mais seca e tomaria lentamente minhas mãos entre as suas, acariciando-as devagar para aquecê-las, espantando o roxo da pele fria, começava a escurecer, era cedo ainda, mas ia escurecendo cedo, mais cedo que de costume, e nem era inverno, ele arrumaria uma cama larga com muitos cobertores, e foi então que escorreguei e caí e tudo tão de repente, para proteger a garrafa apertei-a mais contra o peito e ela bateu numa pedra, e além da água da chuva e da lama dos carros a minha roupa agora também estava encharcada de conhaque, como um bêbado, fedendo, não beberíamos então, tentei sorrir, com cuidado, o lábio inferior quase imóvel, escondendo o caco do dente, e pensei na lama que ele limparia terno, porque era a mim que ele chamava, porque era a mim que ele escolhia, porque era para mim e só para mim que ele abriria a sua porta.

Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantido apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora. E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, na mesma porta que não abre nunca.

|CaioF.

Achocolatado em pó!


Meu coração é coberto de melado
e gruda fácil em risadas e carinhos solúveis
como achocolatado em pó.


|GabitoNunes

Livro: A Idade da Discrição.


Ela: - Cada um tem suas medidas.

Ele: - As suas são despropositadas. Você é sempre a mesma. Por otimismo, por ser muito voluntariosa, esconde de si própria a verdade e quando ela salta diante de seus olhos você desaba ou explode.


|Simone de Beauvoir

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